São Paulo - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta segunda-feira que a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil do governo Dilma Rousseff não pode ser barrada "por chicanas jurídicas e grampos ilegais", pois tem o objetivo de ajudar o país.
Em um post divulgado nas redes sociais, que tem como título "Contra o golpe, petista não foge à luta", Falcão diz que "a ofensiva golpista não hesita em criar o caos no país para alcançar seu grande objetivo: depor a presidenta Dilma Rousseff e assumir o governo sem eleições", apoiada num "golpe constitucional", em sintonia com "setores do aparelho de Estado e apoiado pela grande mídia".
No texto, o líder petista rebate as recentes declarações de setores da oposição que dizem que a única maneira de garantir a volta da estabilidade no país é com Dilma fora da Presidência da República.
"Ao contrário do que proclamam, quem garante a estabilidade e pode retomar o crescimento da economia é o governo Dilma. Foi este o sentido da nomeação do ex-presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil, para ajudar a presidenta e o País."
E continua: "É preciso que todos saibam: casuísmos e soluções artificiais, como as que são urdidas pelos golpistas, só acentuarão a crise, tanto no plano econômico, como no sistema político." E que pede que os correligionários prossigam com as mobilizações.
Vigília
Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazem, desde o início da manhã desta segunda-feira, uma vigília em frente ao prédio em que ele reside, em São Bernardo do Campo. No grupo, de mais de 100 pessoas, está o deputado federal Vicentinho (PT-SP). Em sua página pessoal na rede de microblog Twitter, Vicentinho disse: "Estamos todos aqui na frente da casa do Lula, em vigília. Não sabemos o que esse Poder Judiciário, contaminado, pode fazer. Luta sempre."
Além do apoio ao ex-presidente da República, a vigília é em protesto à decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que na sexta-feira da semana passada suspendeu o ato de nomeação de Lula para a Casa Civil do governo da presidente Dilma Rousseff e determinou o retorno das ações e dos inquéritos em que o ex-presidente é investigado no âmbito da Lava Jato para o juiz Sérgio Moro.
Os advogados do ex-presidente Lula já impetraram, na noite de domingo, 20, um habeas corpus para tentar reverter a decisão de Mendes.
Paulista
Manifestantes contrários ao governo da presidente Dilma Rousseff e em favor do impeachment continuam mobilizados na manhã desta segunda-feira na Av. Paulista, em frente ao prédio da Fiesp. Cerca de 30 barracas tomam conta da calçada e um pixuleco, boneco inflável que mostra Lula como presidiário, também está no local.
Desta vez, os manifestantes não fecharam a avenida e o trânsito flui.