MTST quer levar 50 mil às ruas em ato na quinta-feira contra impeachment

Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos sociais e sindicais críticos ao governo Dilma Rousseff, alguns deles ligados ao PSOL, marcou ato contra o impeachment de Dilma, mas também em crítica à política econômica do governo

São Paulo - A Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos sociais e sindicais críticos ao governo Dilma Rousseff, alguns deles ligados ao PSOL, marcou para a próxima quinta-feira, 24, um ato em defesa da democracia, contra o impeachment de Dilma, mas também em crítica à política econômica do governo.
O ato vai sair do Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, e seguirá até a sede da TV Globo, na zona sul. A expectativa é reunir 50 mil pessoas.

Segundo Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), um dos maiores a integrar a Frente, o objetivo é fazer um protesto que ao mesmo tempo em que aponta supostos abusos da Operação Lava-Jato e rejeita o impeachment de Dilma, faz críticas à política econômica do governo.

"Nossa posição é contra ao impeachment e procedimentos arbitrários da Lava-Jato como a forma como foram divulgados os grampos e a condução coercitiva (do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) sem intimação prévia. Mas também vamos falar contra a reforma tributária, ajuste fiscal e lei antiterrorismo", disse Boulos.

O ato também vai se posicionar contra a "onda conservadora" que, segundo o coordenador do MTST, tem avançado na sociedade e pode ser notada em gestos de intolerância e violência contra pessoas vestidas de vermelho registrados nas últimas semanas.

Além dos movimentos e entidades sindicais que integram a Frente Brasil Sem Medo, a manifestação será engrossada por coletivos de artistas que se identificam com a pauta do protesto..