Todos foram indiciados por corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A polícia concluiu que eles receberam reiteradas vezes, entre 2006 e 2014, propina proveniente de contratos da Petrobras com as empresas Braskem/Odebrecht, Queiroz Galvão, Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior e Andrade Gutierrez. O esquema era operado pelo doleiro Alberto Youssef, delator da Lava-Jato e um de seus personagens centrais.
Pizzolatti e Mario Negromonte eram líderes do PP e participaram, segundo a PF, de uma organização criminosa, que ao longo de oito anos movimentou cerca de R$ 500 milhões ’em recursos efetivamente desviados da Petrobras’, por meio de doações eleitorais fraudulentas, repasses em espécies e custeio de despesas pessoais dos envolvidos e a terceiros a eles ligados.
As investigações da PF identificaram que os responsáveis pelas empreiteiras além de pagarem propina em espécie aos envolvidos de R$ 300 mil, em média, por mês para cada um, também realizavam depósitos em contas correntes de pessoas por eles indicadas. O inquérito aponta que havia pagamentos ‘extraordinários e individuais’ que chegavam a até R$ 5,5 milhões para os líderes do partido, João Pizzolatti e Mário Negromonte.
De acordo com a PF, o PP chegou a receber valores de até R$ 28 milhões em doações das empreiteiras nas eleições de 2010, proveniente de pagamento de propina, como uma estratégia de ocultação e dissimulação de valores recebidos indevidamente pelos políticos.
Os inquéritos seguem para o Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria-Geral da República poderá oferecer denúncia contra os investigados..