O governador tem despachado no hospital com secretários como Leonardo Espíndola, da Casa Civil, e Júlio Bueno, da Fazenda. Em caso de licença, assumiria o vice-governador, Francisco Dornelles, de 81 anos. Pouco antes da internação de Pezão, Dornelles também foi hospitalizado para realização de exames de rotina e já está de volta ao trabalho. "O governador está trabalhando como se estivesse no palácio", disse Dornelles na tarde desta segunda-feira, 21. Dornelles esteve com Pezão no domingo, 20, durante uma hora.
Domênico tem trabalhado com uma equipe de especialistas, já que há várias possíveis causas para a lesão na oitava vértebra descoberta no fim de semana. Entre as hipóteses estão infecção por bactéria ou fungo, tuberculose óssea, algum tipo de tumor, doença hematológica ou na medula.
"Qualquer coisa antes do resultado (da biópsia) será especulação", afirmou Domênico. Questionado sobre uma possível licença de Pezão para tratamento, o cardiologista afirmou que, sem o diagnóstico, não há como antecipar qualquer decisão. "Há pessoas que fazem tratamentos prolongados, que convivem com vários tipos de doenças, e trabalham normalmente", afirmou o médico.
O presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani (PMDB), disse que a administração estadual segue normalmente. O deputado tem conversado com frequência com Pezão por telefone e despachado com o governador por Whatsapp. Segundo Picciani, o governador pediu prioridade no encaminhamento de dois projetos. O primeiro é a lei que autoriza o governo estadual a contratar um empréstimo no BNDES no valor de R$ 900 milhões. O recurso é necessário ao término das obras da linha 4 do metrô. De acordo com Picciani, o governo deve dar entrada no projeto de lei ainda nesta segunda e entrará em discussão na próxima semana. A outra prioridade é a aprovação do projeto de lei que cria a Agência Metropolitana de Saneamento, uma exigência do Banco Mundial para a liberação de recursos e pré-requisito para a concessão dos serviços por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs)..