O presidente da Comissão especial do Impeachment, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), acatou requerimentos e negou na manhã desta terça-feira anexar ao processo a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido/MS) à Operação Lava-Jato. o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) anunciou que vai recorrer da decisão à presidência da Câmara. Anexar a delação do ex-senador petista foi uma decisão tomada pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha. No texto, homologado pelo Supremo Tribunal Federal, Delcídio acusa a presidente Dilma Rousseff dfe envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
Rosso justificou a decisão alegando que eventuais documentos juntados após despacho de admissibilidade poderiam, em tese, extrapolar a competência da comissão e não deveriam ser objeto de deliberação por seus membros. O deputado disse ainda que o papel da Câmara é votar a abertura do processo de afastamento, cabendo ao Senado a produção de provas e julgar as denúncias contra a mandatária.
Durante a reunião dessa segunda-feira (21) da comissão, houve divergências entre deputados da oposição e governistas em relação à inclusão da delação premiada do senador Delcídio do Amaral. Na denúncia original contra Dilma, aceita pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em dezembro de 2015, a acusação contra a presidente diz respeito às pedaladas fiscais.
As chamadas pedaladas fiscais são infrações à lei orçamentária. Já a delação de Delcídio refere-se às denúncias sobre corrupção na Petrobras investigadas no âmbito da Operação Lava-Jato. A próxima reunião da comissão está agenda para amanhã..