Brasília - O presidente da comissão especial do impeachment, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), afirmou nesta quarta-feira que vai pedir uma audiência informal no Supremo Tribunal Federal (STF) para tirar dúvidas sobre a condução dos trabalhos na Câmara.
Rosso disse que gostaria de se reunir na próxima segunda-feira (28), junto com o relator Jovair Arantes (PTB-GO), com o presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, ou com o ministro Luís Roberto Barroso, para esclarecer os limites da comissão processante dentro do que é previsto pela Constituição. O deputado destacou que é bom institucionalmente fazer a visita para deixar claro o comprometido do colegiado com a legalidade do processo.
O presidente do colegiado tem adotado um tom cauteloso na condução do processo. Sob pressão dos governistas, que ameaçam judicializar o processo, Rosso retirou da ação o conteúdo da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), incluído de última hora no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Não vou permitir que se faça uma carnificina verbal e política de formação de prova. Não pode formar prova, vamos julgar a admissibilidade. O Senado vai processar e julgar (a presidente). Nós sabemos exatamente nossos limites e, como presidente da comissão, tenho a obrigação de ter essa cautela", declarou.