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Estado de Minas

Rosso pedirá audiência no STF para discutir trabalhos da comissão do impeachment

O presidente da Comissão Especial do Impeachment, deputado Rogério Rosso, justificou a ida ao STF como indispensável para deixar claro o comprometido do colegiado com a legalidade do processo


postado em 23/03/2016 12:01 / atualizado em 23/03/2016 12:16

Brasília - O presidente da comissão especial do impeachment, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), afirmou nesta quarta-feira que vai pedir uma audiência informal no Supremo Tribunal Federal (STF) para tirar dúvidas sobre a condução dos trabalhos na Câmara.

Rosso disse que gostaria de se reunir na próxima segunda-feira (28), junto com o relator Jovair Arantes (PTB-GO), com o presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, ou com o ministro Luís Roberto Barroso, para esclarecer os limites da comissão processante dentro do que é previsto pela Constituição. O deputado destacou que é bom institucionalmente fazer a visita para deixar claro o comprometido do colegiado com a legalidade do processo.

O parlamentar está reunido nesta quarta com consultores técnicos da Câmara para analisar os 64 requerimentos protocolados até agora na comissão. Rosso fará uma triagem dos pedidos e reafirmou que dará preferência aos requerimentos que se enquadrem no plano de trabalho do relator. Na programação apresentada por Jovair, o deputado pede que os trabalhos se concentrem na denúncia das chamadas "pedaladas fiscais". "Não podemos fugir do que está dentro da denúncia", explicou Rosso.

O presidente do colegiado tem adotado um tom cauteloso na condução do processo. Sob pressão dos governistas, que ameaçam judicializar o processo, Rosso retirou da ação o conteúdo da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), incluído de última hora no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Não vou permitir que se faça uma carnificina verbal e política de formação de prova. Não pode formar prova, vamos julgar a admissibilidade. O Senado vai processar e julgar (a presidente). Nós sabemos exatamente nossos limites e, como presidente da comissão, tenho a obrigação de ter essa cautela", declarou.


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