Eles alegam que as apurações que envolvem Cláudia Cruz e Danielle Dytz devem ser paralisadas na primeira instância enquanto o ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo, não julgar o recurso impetrado pela defesa para reverter essa decisão. A medida ficou sob a relatoria do ministro Celso de Mello.
No último dia 15, Teori decidiu enviar os processos das duas para a primeira instância. A determinação atendeu a uma manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sob a justificativa de que elas não têm foro privilegiado para serem investigadas pelo Supremo.
O desmembramento é referente à investigação de supostas contas ilegais mantidas pela família de Cunha na Suíça, e que seriam abastecidas com propina desviada de contratos com da Petrobras.
Os advogados de Cláudia e Danielle, porém, sustentam que "não há nada nos autos a indicar terem as pacientes praticado crime em desfavor da mencionada empresa estatal".
Ter a mulher e a filha sob a jurisdição de Moro é um dos grandes medos de Cunha. Nos bastidores, o parlamentar afirma temer que o juiz decrete uma eventual prisão preventiva das duas para pressioná-lo.
Cunha se tornou réu em outro procedimento que tramita no Supremo sobre ao recebimento de vantagens ilícitas em contratos de navios-sonda para a Petrobras. Há também uma terceira investigação contra o peemedebista que apura a suspeita do pagamento de propina em obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.