Castro disse que pensava "100% igual ao Celso Pansera" e destacou que o presidente da República não é eleito pelos parlamentares. "Ele é eleito diretamente pelo povo brasileiro", disse. "O mandato dela é dado diretamente pelo povo brasileiro, que tem dia e hora de começar, dia e hora de terminar", completou, ressaltando que o impeachment em curso na Câmara é equivocado já que no caso da presidente Dilma não existe "nem sombra de crime de responsabilidade".
O ministro da Saúde afirmou ainda que o PMDB é um partido grande com diferentes correntes que têm que ser respeitadas. "O PMDB tem que ser entendido dessa maneira: é um partido que está dividido", afirmou destacando que o mais importante agora é que a sigla garanta governabilidade. "É um partido da estabilidade política, é um partido da previsibilidade.
Castro disse ainda que a ala oposicionista do partido é desde sempre contra a presidente e não vai mudar. "São grupos dentro do partido perfeitamente identificáveis, que são a favor do impeachment, contra o governo da presidenta Dilma. E são desde sempre. Esses não vão mudar de opinião, como nós também não vamos mudar de opinião."
Apesar de defender que o partido não deve sair do governo, Pansera e Castro não disseram qual posição tomarão caso a decisão seja tomada na reunião da sigla do próxima dia 29. Pansera não quis comentar se acataria a decisão do partido de uma eventual saída, entretanto, disse que caso seja necessário "continuará defendendo" a presidente Dilma no Congresso. "Se for necessário defenderei também como deputado, significa que se for necessário voltarei para voltar contra o impeachment", afirmou, ressaltando que não existe justificativa jurídica para o impeachment.
O ministro da Ciência e Tecnologia ressaltou que a estratégia do PMDB só será definida no dia 29 e disse acreditar que os ministros têm "uma posição unificada" de permanecer no governo. Além da Saúde e Ciência e Tecnologia, o PMDB tem a vice-presidência e o comando dos ministérios de Minas e Energia, Agricultura, Turismo e Portos..