Temer é o presidente nacional do PMDB. Foi reconduzido ao posto no último dia 12 de março, após um acordo com a ala governista do partido. Com a precipitação do processo de impeachment, os dois grupos voltaram a se desentender. O vice avalia não ir à reunião do diretório para não responsável por dividir o partido.
Defensora do impeachment e que Temer assuma o comando do País, a ala oposicionista do PMDB aposta numa vitória da tese de rompimento com o governo. Liderados pelo deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), os governistas atuaram em favor do adiamento.
A proposta foi levada a Temer pelo senador Jader Barbalho (PMDB-PA) na terça-feira. O vice, porém, disse que ouviria a ala oposicionista antes de tomar uma decisão. O grupo oposicionista, porém, se negou a aceitar a proposta e resolveram obter uma definição pelo voto.
Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva envolveu-se nas discussões. Ele teme que o rompimento do PMDB provoque uma contaminação no resto dos partidos do Congresso, tornando a estratégia de barrar o impeachment inviável.
Agora pela manhã, Teme comunicou que desistiu de ir a Portugal na segunda-feira para participar de um evento promovido pelo instituto de ensinos jurídicos do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A viagem serviria como a desculpa ideal para faltar à reunião do diretório..