Castro defendeu a permanência do partido no governo, apesar da pressão pelo desembarque do governo na convenção da sigla, no próximo dia 29.
Questionado se permaneceria no cargo mesmo com decisão contrária da convenção do partido, Castro afirmou apenas que "se nós não sairmos, o PMDB não saiu". O ministro também disse não ter pensado sobre a possibilidade de se licenciar do cargo para voltar à Câmara de deputados e votar contra o processo de impeachment.
"A presidente tem um mandato dado pelo povo. Esse mandato só pode ser interrompido se houver fato jurídico, um crime de responsabilidade. E não há nenhuma pessoa no Brasil, razoável, sensata, equilibrada, que possa dizer, nem de longe, que a presidente Dilma tenha cometido crime de responsabilidade. Um impeachment sem causa geradora, tem outro nome que não impeachment", afirmou Castro em evento no Rio.
O ministro citou o presidente do Senado, Renan Calheiros, que ontem já havia afirmado que, sem "caracterização" jurídica, o impeachment em análise pelo Congresso "teria outro nome". Calheiros terá papel fundamental na apreciação do processo, após votação na comissão especial criada na Câmara.
Segundo o ministro Marcelo Castro, todos os sete ministros do PMDB trabalham pela permanência no governo. O grupo se reuniu ontem com a presidente Dilma Rousseff e expressou a intenção de trabalhar pela manutenção da aliança com o PT.
"O PMDB tem sido, ao longo da história, o partido da estabilidade, governabilidade e previsibilidade.