Rio, 25 - O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que na manhã desta sexta-feira, 25, começou o tratamento de quimioterapia contra um câncer no sistema linfático (linfoma), publicou nas redes sociais mensagens de agradecimento e de otimismo diante da doença. "Vou encarar com determinação e muita firmeza", escreveu. "Se Deus está me colocando essa provação, é sinal que Ele vai me dar os instrumentos para eu sair dessa mais forte ainda", disse o governador, que completa 61 anos na terça-feira, 29. Pezão vai se licenciar do cargo por 30 dias, a partir de segunda-feira, 28, e será substituído pelo vice, Francisco Dornelles (PP), de 81 anos.
Na tarde de quinta-feira, 24, Pezão recebeu um telefonema da presidente Dilma Rousseff, que em 2009 enfrentou um câncer do mesmo tipo, linfoma não-Hodgkin. A principal diferença é que o câncer da presidente atingiu gânglios, enquanto o linfoma de Pezão afetou ossos das vértebras.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), fez uma homenagem a Pezão nas redes sociais. "Mais do que fazer o registro de nossa amizade nesse momento, queria reconhecer e enaltecer o super ser humano que nos honra governando o Estado nesse momento tão difícil. Amigo, correto, humilde, divertido, bom papo, bem humorado, bom de copo e de samba, simples, bom marido, bom pai, presente, solidário", elogiou o prefeito, que disse ter certeza do sucesso do tratamento de Pezão.
O presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, pai do líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani, também prestou solidariedade a Pezão nas redes socais. "Estou confiante na pronta recuperação do companheiro e amigo, governador do nosso Estado, Luiz Fernando Pezão. Eu já tive câncer e, com fé em Deus, seguindo as orientações médicas, me curei. Pezão vai se curar rapidamente", escreveu.
Nesta quinta-feira, o PMDB do Rio decidiu votar pelo rompimento com o governo, na reunião do diretório nacional do partido marcada para terça-feira, 29. Embora sejam integrantes do diretório nacional, Pezão, Paes e o ex-governador Sérgio Cabral não irão ao encontro e serão substituídos por suplentes. Dos 12 peemedebistas fluminenses que integram o diretório nacional, apenas Leonardo Picciani e o ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, deverão votar contra o rompimento com o governo.