Ao reunir nomes importantes da Justiça, do direto e da política brasileira em Lisboa para debater a Constituição e a crise política e econômica que atinge o país, o 4º Seminário Luso-brasileiro de Direito passou a ser visto como palco para uma suposta teoria da conspiração. Na sexta-feira, 18, o ministro acolheu liminarmente mandado de segurança de dois partidos políticos e barrou a nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil do governo Dilma. Ele também determinou a remessa dos autos da investigação que pegou o petista para o juiz federal Sérgio Moro – esta semana, outro ministro, Teori Zavascki, acolheu reclamação do governo e tirou das mãos de Moro os autos que citam Lula.
Além de Gilmar, o encontro de Lisboa reunirá mais um ministro do STF, Dias Toffoli, pelo menos dois ministros do Superior Tribunal de Justiça (João Otávio Noronha e Ricardo Villas-Bôas Cuevas), um ministro do Tribunal Superior do Trabalho (Guilherme Caputo Bastos), o presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Aroldo Cedraz, e o subprocurador-geral da República, Paulo Gonet Branco.
O seminário será dividido em cinco painéis: Remédios institucionais para bloqueios críticos do sistema político, Governabilidade e controle do poder, Os direitos sociais em tempo de crise financeira, Globalização e regulação supranacional – BEPS (Base Erosion and Profit Shiting) da OCDE: vigência da BEPS nos países europeus e no Brasil e Os sistemas políticos em avaliação em tempo de crise..