A tática é tentar mostrar para esses aliados que é mais seguro ficar com Dilma e o PT, se quiserem assegurar espaços na Esplanada. O argumento básico é de que os movimentos sociais não aceitarão pacificamente a deposição da presidente, como já demonstraram Gilmar Mauro, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Por isso, para manter estabilidade política, Michel Temer teria que fazer amplo governo de coalizão, incluindo a oposição.
Lula também foi escalado para conversar com peso-pesados do Produto Interno Bruto (PIB). O próprio PT admite que Dilma é péssima gestora e não terá condições sozinha de tirar o país do abismo econômico no qual ela atirou.
“Lula é respeitado por banqueiros e empresários. Na verdade, ele deveria ter aceito ser presidente do Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social). Essa história de Casa Civil e foro privilegiado só prejudicou nossa vida”, lamenta um senador do PT.