Ibsen estará amanhã em Brasília, na reunião do diretório nacional do PMDB, onde defenderá o afastamento da sigla do governo Dilma Rousseff, a entrega dos cargos, e a liberação do voto dos deputados no processo de impeachment.
Jornalista por gosto e promotor por profissão, Ibsen viveu grandes momentos. Um foi a presidência da Câmara no primeiro e até agora único impeachment que o Brasil já teve, em 1992.
"O que o povo quer, esta casa acaba querendo", disse, ao votar pelo afastamento do atual senador Fernando Collor. "Hoje falta a unanimidade daquele época", afirmou, apostando que "a votação vai ser apertada, mas o impeachment não vai passar".
Outro momento foi a cassação em 1994, após a CPI do Orçamento. Mais tarde ficou claro que a denúncia foi um erro da revista Veja, admitido publicamente. Absolvido pela Justiça, recomeçou como vereador, em 2004, e voltou a ser deputado federal em 2006. Há dois anos, ficou na terceira suplência para deputado estadual.
Chegou à Assembleia após o governador Ivo Sartori (PMDB) indicar três deputados como secretários. Na quinta-feira, dia 24, comemorava, em seu discreto estilo, não estar entre os 41 políticos gaúchos citados na lista da Odebrecht.
O peemedebista fez uma comparação sobre os processos e Collor e Dilma de impeachment.
E prosseguiu na comparação: "ao contrário do Collor, Dilma tem apoio de um partido que tem base social e inserções nos movimentos sociais, sindicatos, em alguns segmentos intelectuais".
Ibsen também comentou a possibilidade de o pedido de afastamento de Dilma ser rejeitado. "Nós estamos numa crise política, não numa crise institucional. Se as instituições funcionarem, o impeachment tem que ser votado. E o dia seguinte, com qualquer resultado, será melhor que o dia da véspera, que é de incerteza. O resultado tem que ser respeitado, seja qual for". .