"Nada muda no governo. Vamos seguir dialogando com a população e com o funcionalismo de maneira incondicional, buscando os melhores caminhos para fazer essa travessia", declarou o governador licenciado, em nota distribuída pela assessoria de imprensa do Palácio Guanabara.
Pezão disse que trocará mensagens com Dornelles e alguns secretários e se reunirá "pessoalmente", se necessário.
Pezão considerou "uma honra" ser substituído por Dornelles, "amigo e conselheiro de todas as horas". "É um luxo ter um vice-governador que já foi procurador-geral da Fazenda Nacional, secretário da Receita Federal e titular de três ministérios, Fazenda, Indústria e Comércio e Trabalho. Dornelles é especialista em finanças públicas do Brasil e já vem contribuindo na condução do nosso Estado nesse momento tão delicado", disse o governador.
A grave crise econômica do Rio de Janeiro, causada pela queda brusca de arrecadação em 2015, tem provocado atrasos no pagamento de fornecedores e corte de gastos inclusive em áreas essenciais, como segurança pública.
O governo tem tido dificuldades para pagar servidores, aposentados e pensionistas. A data do pagamento foi transferida do segundo para o sétimo e depois para o décimo dia útil de cada mês. O governo ainda não tem garantidos os recursos para pagar os salários em abril.
O governador e o vice se reuniram no domingo, 27, no hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo (zona sul), onde Pezão está internado desde o dia 12. Na nota distribuída pelo governo, Dornelles diz que seguirá as diretrizes já traçadas pelo governador.
"Pezão é um gestor pautado pelo diálogo e tem feito dessa virtude uma excepcional aliada, nos mais diferentes fóruns, em busca de alternativas para fazer o Estado avançar em meio a essa terrível crise econômica do País. Assumo o governo do Estado imbuído desse espírito, reforçando cada uma das diretrizes do Pezão", declarou o governador interino.