Manifestantes contrários e favoráveis ao impeachment trocaram provocações e xingamentos no Salão Verde da Câmara.
Com o tumulto no protocolo, o pedido foi apresentado à Secretaria-Geral da Mesa. No requerimento da OAB, a entidade incluiu como justificativas o conteúdo da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), as chamadas "pedaladas fiscais", as renúncias fiscais em favor da Fifa na Copa de 2014 e a tentativa de nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como chefe da Casa Civil.
"Não é mais possível que o Brasil conviva com este tipo de manifestação. A OAB não se manifesta de acordo com as paixões políticas e partidárias. A OAB se manifesta de forma técnica e é isso que foi feito aqui hoje", afirmou Lamachia, que foi carregado nos braços por advogados ao deixar a Câmara.
O presidente da OAB disse que não entregou o pedido ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por entender que ele precisa ser afastado. Cunha é réu na Lava-Jato e, segundo Lamachia, a Ordem entende que ele não tem mais legitimidade para se manter no cargo.
Na saída do Congresso, o estudante Rodrigo Almeida, de 22 anos, discutiu com um advogado que não foi identificado. Os dois se empurraram e Rodrigo deu um chute nas costas do advogado. O grupo que estava com o advogado partiu para cima de Rodrigo, e deram chutes na cabeça do estudante. A polícia não interveio e a briga foi apartada pelos próprios manifestantes. Não há informações sobre o estado de saúde dos envolvidos no confronto.
Crítica
O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), secção Rio de Janeiro, deputado Wadih Damous (PT-RJ), criticou nesta segunda-feira o protocolo de novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff e o que considerou como manifestação política da entidade, nesta tarde, no Salão Verde da Câmara.
"O que se viu em nome da OAB foi um ato partidário", condenou. Para o parlamentar, a entidade entrou num "jogo político" e, ao assinar um novo pedido de impeachment de Dilma, põe em risco seu prestígio..