"(Essas atitudes) passam ao largo do direito de expressão constitucionalmente assegurado aos cidadãos, ganhando contornos de crimes para os quais a legislação penal prevê sanções de elevado rigor", diz, no comunicado.
Na semana passada, a decisão liminar do ministro Teori Zavascki de tirar do âmbito da Justiça Federal do Paraná as investigações relacionadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou protestos em Brasília e em Porto Alegre, onde mora o relator da Operação Lava-Jato no Supremo.
Teori também foi alvo de críticas na internet e vem sendo chamado de traidor, bolivariano e pelego do PT por causa da decisão, tida como favorável ao governo. Assim como a presidente Dilma Rousseff e Lula, o ministro do Supremo também ganhou um boneco de plástico de um grupo que discorda de sua postura na Corte. O endereço onde mora o filho do ministro chegou a ser divulgado no Twitter.
Com a elevação dos ânimos, o Ministério da Justiça ofereceu reforço na segurança de todos os ministros do STF. A Procuradoria-Geral da República (PGR), o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, e o diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello, também foram notificados sobre os casos.
"Os responsáveis, diretos e indiretos, por tais ações criminosas estão sendo devidamente investigados, devendo, oportunamente, responder em juízo, caso haja comprovação de sua participação nos ilícitos", diz Lewandowski no comunicado.