No Ministério da Justiça, Aragão substitui o atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que enfrentava críticas de companheiros do PT por não "controlar" a Polícia Federal em operações como a Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras e outras estatais.
Já haviam sido confirmados nos cargos o secretário-executivo do ministério, Marivaldo Pereira, e o secretário de Assuntos Legislativos, Gabriel Sampaio. "Falei a respeito do doutor Marivaldo, do doutor Gabriel. O doutor Beto Vasconcelos (permanece) na Secretaria Nacional de Justiça, no Depen (vai continuar) o doutor Renato. Não há razão nenhuma para troca do doutor Renato. (Sobre) os outros setores, estamos conversando", disse o ministro depois de participar de uma reunião com o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e outras autoridades sobre a organização dos Jogos Olímpicos.
Apesar da grave crise financeira que levou o Estado a suspender o pagamento do Regime Adicional de Serviço (RAS), oferecido aos policiais que trabalham nas horas de folga, o ministro disse que a União não pode assumir o pagamento de salários e benefícios de servidores estaduais.
Aragão contou que vários cenários têm sido analisados pelas autoridades de segurança, como possíveis atentados, manifestações de ruas e ataques de vários tipos. "A integração dos órgãos de segurança é muito boa", defendeu.
O ministro evitou comentar a crise política e o provável rompimento do PMDB com o governo, que deve ser aprovado na reunião do diretório nacional do partido, nesta terça-feira, 29. "Não quero antecipar hipóteses. O chamado desembarque (do PMDB) é uma hipótese, não quero antecipar cenários políticos", afirmou..