A especulação da saída de ministros do PMDB ganhou força depois do partido anunciar que deve aprovar por aclamação o desembarque da legenda do governo durante reunião do Diretório Nacional da sigla na tarde desta terça. Ontem, Henrique Eduardo Alves (RN) já entregou o cargo de ministro do Turismo.
"A impressão que tive na conversa com eles é que devem permanecer", afirmou Picciani. O líder do PMDB afirmou, contudo, que apoiará qualquer decisão que os ministros venham a tomar. "Cabe a eles decidirem o que considerarem adequado fazer. Apoiarei a decisão que tomarem", disse.
Em audiência pública no Senado, o próprio Pansera já afirmou que deseja permanecer no comando do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. No evento, o ministro reafirmou ser declaradamente contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e que, se for o caso, voltará para Câmara para votar contra o pedido.
Pansera e Marcelo Castro foram indicados aos cargos por Picciani durante a reforma ministerial de outubro do ano passado. Desde então, o líder do PMDB se aproximou bastante do Palácio do Planalto, o que provocou seu afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto político do governo Dilma.
Picciani disse ainda não ter conversado com o deputado Mauro Lopes (MG), que desde 17 de março está no comando da Secretaria de Aviação Civil (SAC). Como mostrou mais cedo o Broadcast Político, Lopes deve entregar sua carta de renúncia ao cargo hoje, após a reunião do PMDB, prevista para começar 15 horas.