"O PMDB não faz parte deste projeto. O PMDB não é responsável por este projeto. Nunca participou da formulação de política econômica ou de qualquer política de qualquer natureza. O PMDB foi apenas utilizado este tempo todo de aliança para votar as matérias que eles decidiram, nunca para participar da formulação de nada", afirmou Cunha, comemorando a decisão do PMDB de rompimento tomada na tarde desta terça-feira, 29, por aclamação.
Cunha disse que "não tem sentido o PMDB ficar de sócio de ônus de um governo impopular, com medidas que não concordamos e às quais o PMDB está sendo corresponsabilizado". "A partir de agora, o PMDB tem que seguir o seu caminho (através do) qual ele entende como deve ser conduzido o País", afirmou o peemedebista.
O presidente da Câmara afirmou que a decisão tomada nesta terça-feira "é tardia" e que o partido não deveria nem sequer ter participado do segundo mandato de Dilma Rousseff. "Foi um erro", afirmou.
Questionado sobre o papel de Temer após o rompimento, ele foi sucinto: "O papel previsto na Constituição: substituir na eventualidade e sucedê-la, se for o caso. Não há outro papel previsto", afirmou.
Para Cunha, antes de vice-presidente da República, Temer é presidente nacional do PMDB, reconduzido no início de março, e, por isso, tem que cuidar primeiro dos interesses da legenda.
Eduardo Cunha procurou descolar a decisão do partido de romper com o governo da perspectiva de Temer assumir o comando do País. "O PMDB tinha que sair de todo jeito. Tendo ou não tendo impeachment, passando ou não passando, o PMDB tem que buscar o seu caminho", disse o presidente da Câmara..