Em São Paulo, a manifestação começa às 16h, na Praça da Sé, centro da capital. Os atos também vão criticar a reforma da Previdência e o ajuste fiscal do próprio governo que os movimentos defendem. "As organizações sociais defendem que a tentativa de retirar Dilma Rousseff da Presidência é um golpe à democracia. A data é emblemática, pois lembra o golpe militar de 1964. As frentes definiram que o foco principal é a marcha para Brasília e vamos estar lá, mas também vamos ter mobilizações no interior", disse o dirigente nacional do Movimento dos Sem-Terra (MST), Gilmar Mauro.
Para o presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT São Paulo), Douglas Izzo, também coordenador da Frente Brasil Popular, apoiar a saída da presidente é estar ao lado dos que querem o fim dos diretos trabalhistas e o retrocesso das conquistas sociais e na área de direitos humanos. Dissidente do MST e líder da Frente Nacional de Lutas (FNL), José Rainha Junior levará militantes a Brasília e seus aliados farão atos no interior de São Paulo. Rainha se diz crítico do governo Dilma em relação à reforma agrária, mas participará dos atos em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, investigado na Operação Lava-Jato.
O presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares (Conafer), Carlos Lopes, disse que seu grupo vai se mobilizar em defesa de Dilma e Lula, "mas vamos cobrar a reforma agrária". O Povo Sem Medo lançou o manifesto 'Periferias contra o Golpe', com assinaturas de movimentos sociais e culturais, em que expõe a preocupação nas periferias com os rumos do País. Em nota conjunta, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo informam que os eixos da mobilização incluem a defesa da democracia, mudança na política econômica e defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários já conquistados.