Brasília – A Comissão do Impeachment vai ouvir hoje os juristas Janaína Paschoal e Miguel Reale Jr., dois dos autores do pedido de impedimento contra a presidente Dilma Rousseff.
Nelson Barbosa foi surpreendido pela notícia de que terá que comparecer ao Congresso já esta semana para defender Dilma. Ele disse que esperava fazê-lo depois que a presidente entregasse sua defesa formal, na segunda-feira, mas afirmou que vai responder a todos os questionamentos e ressaltou que todas as ações do governo foram legais.
PRAZOS O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dissenessa terça-feira (29) que a sessão de votação do impeachment deve durar entre dois ou três dias no plenário da Câmara. Segundo ele, a demora deve acontecer porque a lei diz que os representantes de partidos podem usar a tribuna por uma hora – atualmente 25 partidos têm representação na Casa.
“A sessão de votação do impeachment não é sessão de um dia. Vai levar de dois a três dias. A do Collor levou dois dias. A lei diz que os representantes dos partidos falaram por uma hora cada, isso sem contar as discussão de membros e a cada sessão tempo de liderança. Prevejo três dias de votação”, disse Cunha.
Antes da votação no plenário, é preciso que seja aprovado relatório na Comissão do Impeachment. A expectativa é que o relator do processo, Jovair Arantes (PTB-GO), antecipe em duas sessões a entrega de seu parecer à comissão especial que discute o assunto, para permitir que a votação em plenário ocorra até 14 de abril. Pelo rito adotado, a presidente tem até 10 sessões para apresentar sua defesa, prazo que já está correndo – nessa terça-feira (29) foi realizada a sexta sessão. Concluído esse prazo, Arantes tem até cinco sessões para apresentar o parecer. Líderes da oposição disseram, no entanto, que ele deve apresentar já na terceira sessão, para que um pedido de vista não atrase a votação em plenário.
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