"Não há santo que me faça deixar de dialogar com qualquer governo, seja da presidente Dilma, seja de quem for. Aliás, é o conselho que dou todo dia ao Pedro Paulo (candidato do PMDB à sucessão de Paes): independentemente de quem for o presidente, se dê bem. Deve ser a presidente Dilma, ela está aí, foi eleita até 2018. Prefeito não tem que ser situação nem oposição. Prefeito é prefeito", disse.
Paes afirmou que, sempre que necessário, continuará a tratar dos temas do Rio com Dilma. "Não estou em corrente nenhuma.
Embora faça parte do diretório nacional do PMDB, Paes não foi à reunião que aprovou o rompimento. Já Pedro Paulo, secretário municipal de Coordenação de Governo e principal auxiliar do prefeito, esteve em Brasília, ao lado do presidente do PMDB, Jorge Picciani, que defende o rompimento por considerar que Dilma "não tem condições de criar consenso mínimo" para enfrentar a crise nacional.
Nos bastidores, Paes e seus principais secretários dizem que a paralisia do País afasta ainda mais o governo federal da organização da Olimpíada, que acontece em agosto.
Eles lembram, porém, que mesmo antes de a crise se aprofundar, a interlocução com ministros era irregular e pouco produtiva. O prefeito optou por pagar com recursos municipais gastos que cabem à União e cobrar ressarcimento aos poucos. Questionado sobre a indefinição em ministérios importantes para a Olimpíada, como Esportes e Casa Civil, um auxiliar de Paes comentou: "quando tinha ministro não era muito diferente"..