Ele chegou a chamar de "bandido" o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que conduz o processo de impeachment da presidente. "Vivemos hoje uma perigosa e criminosa ofensiva golpista. Hoje, liberdades democráticas, garantias constitucionais estão ameaçadas por uma ofensiva golpista", discursou.
À medida que Boulos falava, a plateia repleta de representantes de movimentos sociais gritava palavras de ordem contra Cunha, contra a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a mídia. Boulos foi o quarto a falar em defesa do mandato da presidente. "Vai ter luta, vai ter resistência. Não passarão com esse golpe de araque no Brasil", disse.
Ele também fez críticas ao programa de habitação popular por destinar apenas 2% dos recursos aos movimentos sociais. "O Minha Casa Minha Vida Entidades faz com o mesmo dinheiro que as construtoras recebem uma casa maior, de 60, 65 metros, com três quartos", afirmou. "Quando o povo faz o projeto, gera a obra, quando os próprios futuros moradores tomam conta, o resultado é melhor", completou, pedindo que a participação das entidades aumente nessa nova fase do programa.