Pela proposta inicial aprovada nessa terça-feira em reunião da Mesa Diretora e que precisa ser votada em plenário, a nova composição das bancadas após a janela para troca-troca partidário alteraria não só as comissões permanentes, mas também o Conselho de Ética e a Comissão Especial do impeachment.
A resolução prevê o recálculo da proporcionalidade partidária na Câmara depois das migrações, permitidas até 18 de março.
Com a repercussão negativa, o 1º secretário da Mesa Diretora, deputado Beto Mansur (PRB-SP), aliado de Cunha, informou que o projeto está sendo alterado, para deixar claro que as novas bancadas só valerão para os colegiados que serão instalados daqui para frente. Ou seja, não valerão para o Conselho de Ética nem para a Comissão do Impeachment.
De acordo com Mansur, o projeto de resolução deve ser votado na sessão plenária desta quarta-feira. Com a aprovação, as comissões permanentes da Câmara devem ser instaladas nos próximos dias, mais de dois meses de os deputados retornarem do recesso parlamentar de fim de ano.
Críticas
Parte dos deputados reagiu de forma negativa ontem à proposta original de Cunha. Partidos de oposição prometeram apresentar emenda para impedir alterações no Conselho de Ética. "Não aceitamos votar o projeto de resolução da forma como ele se encontra. Não aceitamos mudanças no Conselho de Ética. O conselho foi eleito", disse nessa terça-feira o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM).
Cunha disse entender que a resolução original não atingiria o Conselho de Ética, porque o colegiado tem suas próprias regras.
AGORA Na tarde desta quarta-feira, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados se reúne para seguir com a análise do processo de cassação de Eduardo Cunha..