Barros relatou o Orçamento de 2016. De acordo com um integrante do núcleo político do governo, é preciso sacrificar o deputado peemedebista que assumiu a pasta da Saúde em outubro de 2015 para contemplar o PP, quarta maior bancada da Câmara, com 51 deputados.
O PP havia avisado ao Planalto que só fecharia acordo para se manter na base se ganhasse um ministério "com orçamento", como Saúde ou Educação. Negociadores do partido dizem que só uma pasta dessas, com recursos para irrigar as bases, seria capaz de convencer a maioria da bancada a manter apoio a Dilma. A legenda também negocia com o interlocutores do vice-presidente, Michel Temer.
O partido já controla o Ministério da Integração Nacional, cujo comando será trocado. Sai o atual ministro, Gilberto Occhi, e assumi o deputado Cacá Leão (PP), que é filho de João Leão (PP-BA), vice-governador da Bahia. Occhi deve ser o presidente da Caixa Econômica Federal, banco do qual é funcionário de carreira desde os anos 1980 e já foi vice-presidente. Hoje, a Caixa é dirigida pelo PT.
O governo espera ainda fechar as negociações com o PR e o PSD.