Em 4 de março, o taxista foi conduzido coercitivamente e detalhou sua relação com Filippi.
O delegado federal Julio Sávio Monfardini questionou o taxista sobre os "presentes" que ele teria buscado na sede da empreiteira. "Como regra, pegava no subsolo sacolas de papelão tipo de marca de grife de shopping, sempre fechadas com algum grampo ou alguma etiqueta adesiva unindo as bordas. Em uma oportunidade pegou uma mochila com o logotipo da própria UTC. O declarante entrava na garagem e era recebido por algum funcionário da segurança do local", diz o relatório da PF.
Segundo Worn, em duas oportunidades, em 2010 e em 2014, ele esteve na empreiteira "apenas para levar recibos eleitorais que o escritório político (de Filippi) pedia para entregar".
"Ao longo dos anos (2010 a 2014), acredita que tenha ido até a UTC umas 20 vezes, porém dentro desse número estão também as viagens em que Jose de Filippi ia como passageiro e o declarante o aguardava do lado de fora. Como havia muita burocracia para entrar na empresa, era mais fácil o declarante estacionar do lado de fora e José de Filippi Jr. entrar a pé."
Segundo o taxista, em nenhuma dessas idas ele teve contato pessoal com Ricardo Pessoa, dono da UTC.
Worn disse que, desde abril de 2013, vive de sua aposentadoria, "além de eventuais serviços de transporte que prestava a José de Filippi com o carro do comitê político de Mario Reale", ex-prefeito de Diadema pelo PT. Filippi também foi prefeito da cidade por três mandatos. .