"Não podemos tolerar que aqueles que não conseguiram ganhar numa eleição queiram agora no tapetão quebrar a ordem democrática", disse o ministro, que chamou o discurso da oposição de "oportunista e ideológico".
Aragão comparou a crise política institucional atual com o processo que levou os militares ao poder em 1964. "Temos que ficar atentos todos nós, saber o que claramente está em jogo e lutar com firmeza pela liberdade e pela liberdade que nós conquistamos, que é pra nós e para eles também", afirmou Aragão, mencionando os opositores, favoráveis ao impeachment da presidente.
"Estamos aqui lutando para que a presidente possa prosseguir no seu mandato, garantir a qualidade de governança que tem marcado esses anos de governo do PT", defendeu. "As pessoas que ultrapassam a linha vermelha, que, com violência, tratam seus semelhantes, com desprezo, seja no mundo real ou virtual, terão a resposta deste ministério", afirmou Aragão. "Se nós demonstrarmos fraqueza, seremos dominados", declarou o ministro.
O discurso de Aragão foi aplaudido pela plateia, formada por parentes de pessoas desaparecidas durante a ditadura. A solenidade também reuniu parlamentares como os deputados federais Luiza Erundina (PSOL-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS), que também discursaram em apoio à presidente e criticaram o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que conduz o pedido de impeachment na Casa.
Erundina convocou os movimentos sociais para se manifestar contra o peemedebista, que se tornou o primeiro réu no Supremo por envolvimento no esquema investigado pela Operação Lava Jato.
Mais cedo, Aragão fez duras críticas à intolerância em meio à gravidade do momento político e criticou o efeito das redes sociais neste momento. Segundo o ministro, o anonimato das redes sociais faz aflorar "instintos primitivos" e afirmou que é preciso respeitar as divergências..