Brasília - O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), acredita que as possíveis revelações de Silvio Pereira, ex-secretário geral do PT, e do empresário Ronan Pinto, presos nesta sexta-feira, têm "potencial explosivo". O nome dado para a operação é Carbono 14, um isótopo radioativo natural. Para Bueno, a 27ª fase da Lava-Jato deve "interligar uma série de crimes cometidos por petistas e pode resultar em depoimentos que vão abalar de vez a estrutura da sigla".
"O governo está ciente de que os depoimentos ajudariam a implodir o PT. Não é à toa que a Lava-Jato investiga se o PT usou de sua estrutura de corrupção para pagar pelo silêncio de Silvinho Pereira e do empresário Ronan Pinto", afirmou o parlamentar. Em nota, ele relembrou que pediu a convocação do empresário e do jornalista Breno Altman na CPI da Petrobras, em 2014, mas que a "blindagem do PT impediu a aprovação dos requerimentos".
No texto, Bueno ressalta ainda que a força-tarefa da Lava-Jato está realizando agora um trabalho que interliga denúncias antigas envolvendo o PT, como os esquemas de propina envolvendo lixo e transporte público em prefeituras paulistas, o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, o mensalão e o petrolão. "Estão traçando a linha do tempo dos crimes de uma organização criminosa que tomou de assalto o Estado brasileiro. Não é possível mais conviver com isso, a sociedade está indignada e o impeachment da presidente Dilma ganha mais força a cada dia."