Apesar de o diretório do PMDB ter decidido no dia 29 de março passado, por aclamação, portanto sem votação, deixar de apoiar o governo no Congresso Nacional, a mesma iniciativa não resultou na entrega dos cargos de primeiro e segundo escalão. Dos sete ministérios ocupados pelos peemedebistas, apenas o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (RN) resolveu acompanhar a direção peemedebistas. O restante continua nos cargos. No caso, do segundo escalão, apenas aqueles ligados ao vice-presidente Michel Temer aliados mais próximos, como foi o caso de Roberto Derziê de Sant'anna exonerado do cargo de vice-presidente da Caixa Econômica Federal, estão sendo defenestrados do governo.
Com 68 deputados, o PMDB detém a maior bancada da Câmara dos Deputados.
Para não ferir melindres e, por isso, perder mais aliados, o governo aguarda para fazer a reforma ministerial após a votação do impeachment. Ainda não se sabe se após depois da comissão de impeachment, que analisa a admissibilidade do processo, ou no plenário da Câmara que entra no mérito do impeachment, ou seja, votar sim ou não pelo impedimento da presidente de continuar no cargo. Se passar na Câmara, ainda depende do Senado fazer o mesmo rito processual hoje em tramitação na Câmara.
Parecer
Na sexta-feira (1º), o relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na comissão especial da Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO), disse que iria apresentar o seu nesta quinta-feira (7). Ele mudou de ideia de lá pra cá e informou que apresentará o documento para votação na comissão ainda nesta quarta-feira (6)..