Esta tarde de quarta-feira marca momento decisivo no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), com a reunião para a leitura do parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO).
Iniciada há quase 1 hora, o relatório ainda não começou a ser lido. Os deputados ainda discutem como será a votação e a possibilidade de discussão de um parecer divergente. Alguns parlamentares querem o direito de apresentar o voto em separado. O encontro começou com bate-boca entre os deputados federais. Os parlamentares discutem sobre a ordem em que eles vão falar e questões técnicas da sessão. A inscrição para discursar foi iniciada às 14h e cada parlamentar terá 15 minutos para falar, alternadamente, a favor e contra.
Outro questionamento é se a defesa da presidente Dilma pode ou não falar na sessão desta tarde. Dois advogados da presidente foram autorizados a permanecer na sessão, mas apenas para assistir.
Arantes adiantou na manhã desta quarta-feira que vai levar em consideração "principalmente" as pedaladas fiscais cometidas pelo governo da petista - além dos decretos de créditos suplementares de 2015.
"Esse é o ponto principal da denúncia (pedaladas fiscais) e, como teve um rito do STF determinando o caminho do objeto de análise, nós ficamos em cima pra não suscitar nenhuma possibilidade de judicialização", disse Arantes na manhã desta quarta-feira.
Arantes também voltou a afirmar que não há golpe em curso para retirar a presidente do poder. "Nós temos uma constituição que ampara cidadão. Não tem golpe, nem de um lado ou do outro, estou tranquilo porque não vou participar de um relatório com essa característica."
Os dois dias entre a entrega da defesa da presidente a apresentação do relatório foram considerados suficientes para o deputado. "Deu tempo, fizemos confronto ponto a ponto, passamos noite adentro. Há a necessidade de urgência e agilização porque temos que dar dois dias para pedidos de vista", comentou o relator.
Depois do relatório
Após a leitura do relatório, será concedida vista coletiva de duas sessões do plenário da Câmara para que o tema possa voltar à discussão na comissão, o que deve ocorrer nesta quinta (7) e na sexta-feira (8).
A expectativa agora é que, após a análise dos deputados, a votação seja iniciada no fim da tarde da próxima segunda-feira (11). Durante a discussão do processo, o tempo acordado para cada deputado dar sua opinião será de cinco minutos.
Com agências