Os parlamentares se reuniram por mais de uma hora e não chegaram a um acordo sobre a redução do tempo de discurso de cada parlamentar na comissão. Os membros (130 titulares e suplentes) têm direito a 15 minutos de fala, cada um, e os não membros a 10 minutos.
A comissão precisa votar o relatório até segunda-feira, 11, mas também há controvérsia se o prazo se encerra às 19 horas, como defende o comando da comissão, ou se a votação do relatório poderia acontecer até meia-noite.
O presidente do colegiado, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), sugeriu que a sessão de debates comece na sexta-feira, 8. A partir das 14 horas desta quarta, abre-se o prazo para inscrições na sessão de debates, que terminará no início da sessão da sexta-feira. Dependendo do número de inscritos para discursar, Rosso vai decidir se abrirá ou não sessões no fim de semana.
"Não dá para abrir excepcionalidade regimental. Sábado e domingo é uma jogada que não estamos concordando. Não tem necessidade disso.
Rosso e a oposição estão preocupados com a possibilidade de judicialização. No entendimento do grupo, se algum deputado não conseguir falar na comissão, poderá recorrer à Justiça, alegando que teve seu direito de falar cerceado, o que poderia paralisar o processo.
"A oposição está disposta a discutir e votar a matéria no fim de semana", disse o líder dos oposicionistas no Congresso, deputado Mendonça Filho (DEM-PE). "O Congresso tem a obrigação constitucional de trabalhar sábado e domingo", concordou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA).
O presidente da comissão disse que está buscando acordo para garantir com que um número maior de deputados tenha a chance de falar na comissão, por isso sinalizou com a possibilidade de abrir sessões no fim de semana. "Não há dispositivo constitucional dizendo que o Congresso não pode trabalhar (no fim de semana). A opinião pública quer que o Congresso trabalhe, inclusive no fim de semana", pregou Rosso..