Brasília – O presidente da comissão especial que analisa a denúncia que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), rejeitou intervenção do substituto da Advocacia-Geral da União (AGU), Fernando Luiz Albuquerque Faria.
"O momento da defesa foi devidamente observado. Eles podem acompanhar a sessão, mas se trata essencialmente da admissibilidade ou não da denúncia, só poderá ser feita por membros dessa comissão", definiu Rosso. "Como advogado, é muito bem vindo a permanecer", disse a Faria. Ele afirmou que o advogado poderia ficar na comissão, mas sem se manifestar.
Rosso ainda disse que o advogado poderia passar a um parlamentar o que queria falar, para que o deputado transmitisse à comissão as novas falas da defesa. Faria se revoltou com integrantes da mesa e respondeu às ofensas com dedo em riste. No fim, ele acatou a determinação de Rosso e se sentou atrás da mesa da Comissão.
Wadih Damous (PT-RJ) pediu a palavra e disse que, ao se negar a palavra ao substituto da AGU, se desobedece a Constituição ao negar o amplo direito de defesa.
Ainda antes da leitura do parecer, o deputado JHC (PSB-AL) fez uma questão de ordem, pedindo que a vista a ser concedida seja de uma sessão e não duas, como estabelecido previamente. Paulo Pimenta (PT-RS) respondeu de imediato que a base não abre mão dos dois dias de sessão para vista. Rosso rejeitou a proposta de JHC e definiu como dois dias para o pedido de vista. O presidente da comissão ainda observou que o relatório tem 197 páginas e que o relator já informou que vai ler o documento na íntegra. "Isso vai demandar tempo de leitura. O relator informa que algo em torno de quatro horas", afirmou..