Assim como o senador Romero Jucá (RR), que assumiu nesta terça-feira, 5, interinamente a presidência do PMDB, Padilha foi escalado para tirar Temer da linha de frente dos embates com o PT e o Palácio do Planalto, que se acentuaram após o rompimento do PMDB com o governo.
"A correlação de força que hoje existe dentro da Câmara dos Deputados se inverte.
As declarações de Padilha ocorreram após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello determinar ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que receba um pedido de impeachment do vice-presidente e envie o caso para análise de uma comissão especial a ser formada na Casa.
A decisão monocrática do ministro passa a valer desde já, mas Cunha já sinalizou que irá recorrer e levar a discussão para ser decidida pelo plenário do STF.
Para Padilha, o ministro tomou a decisão de forma isolada e não contaria com o respaldo da maioria do ministro do STF. "Nós temos tranquilidade absoluta no que diz respeito ao presidente Michel. No que pese todo o respeito ao ministro Marco Aurélio, essa posição dele é uma posição isolada em relação a muitas decisões do Supremo. E o que nós contamos é que, com os recursos que venham a ser apresentados no processo, se tenha reversão", disse o peemedebista.
A expectativa dentro da cúpula do PMDB é de que a tramitação do processo, mesmo após uma decisão final pelo STF, se arraste dentro da Câmara por meio de possíveis manobras regimentais.