Para o líder do PSDB na Casa, Antonio Imbassahy (BA), a revelação cria cada vez mais um ambiente desfavorável à presidente da República, embora a delação não seja objeto da denúncia em análise pelos deputados. "O conjunto da obra acaba por influenciar", observou.
Azevedo afirmou em delação premiada da Operação Lava-Jato, segundo o jornal "Folha de S.Paulo", que a empreiteira realizou doações para as campanhas eleitorais de Dilma com recursos de propinas de obras superfaturadas da Petrobras e do sistema elétrico. As contribuições da empresa, de R$ 20 milhões, foram registradas na Justiça Eleitoral, mas R$ 10 milhões estariam ligados a desvios das obras das usinas de Angra 3 e Belo Monte, além do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj). O PT nega irregularidades nas doações.
"Onde você mexer vai encontrar rastro de dinheiro fácil para financiar campanhas. Estamos falando de crimes da maior gravidade que o país nunca viu", comentou mais cedo o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).
O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), disse que a delação não deve influenciar os parlamentares porque o vazamento "virou rotina de disputa política". "Mais vazamento de natureza política não incidirá no resultado", declarou.
O deputado Ivan Valente (SP), líder do PSOL, disse que a delação mostra que doações eleitorais vieram de dinheiro "roubado da Petrobras para vários partidos". "É mais uma denúncia de delação.