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Estado de Minas

Deputado do PT diz que, se impeachment passar, cenário será de barbárie social

Wadih Damous afirmou que afastamento da presidente sem provas ou crime de responsabilidade pode ser entendido como golpe e trará muita insatisfação em setores da sociedade


postado em 08/04/2016 19:01 / atualizado em 08/04/2016 19:08

Membro da comissão especial do impeachment e um dos principais defensores da presidente Dilma Rousseff no colegiado, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) disse na tarde desta sexta, 8, que, se o afastamento for aprovado, haverá cenário de barbárie social em termos de direitos sociais revogados. "Barbárie é o que vão implantar aqui se esse golpe se perpetrar", declarou.

A declaração gerou um princípio de tumulto no plenário, interrompendo seu discurso. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) chegou a perguntar se o colega estava fazendo uma ameaça. Damous retomou seu discurso após a intervenção do presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF).

O petista afirmou que outros governantes praticaram os atos que hoje pesam contra a presidente da República, inclusive governadores. Damous chamou o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) de "imprestável", apontou nulidades no parecer e disse que seria necessário nomear um "defensor dativo" do parecer porque ninguém o defende. "O relatório é ruim, é fraco", afirmou. "No relatório não se ouve a voz da defesa", reclamou. O deputado lamentou que o País viva tempos onde todos são acusadores, "não há mais distinção entre juiz e acusador".

Antes do petista, o peemedebista Lelo Coimbra (ES) defendeu o afastamento de Dilma. O parlamentar disse que o governo promove "a maior feira de xepa dos últimos tempos" ao negociar cargos e lembrou que "até mesmo Paulo Maluf (PP-SP) manifestou espanto com o tema". "A presidente não pode se eximir de suas responsabilidades", afirmou.

Até o momento, 11 parlamentares de uma lista de 116 membros e não-membros discursaram na sessão. A previsão é que a sessão de debates termine entre 3h e 4h desta madrugada.


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