A acusação foi feita durante discurso na sessão de debates do parecer do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff na Comissão Especial do Impeachment da Câmara. A sessão, que começou por volta das 15h30, já dura mais de quatro horas e é marcada por calmaria. Até as 19h40, 15 parlamentares tinham falado.
Em sua fala, Lorenzoni ainda defendeu o impeachment da presidente Dilma. O parlamentar opositor afirmou que votar contra o afastamento da petista é concordar com os crimes de responsabilidade que a denúncia do impedimento acusa a petista e outros que a presidente tenha cometido.
Deputados pró-impeachment e contrários ao afastamento de Dilma estão se revezando nos discursos. A expectativa é de que a sessão só se encerre às 3 horas de sábado, podendo se estender até 4 horas da madrugada. Ao todo, 116 parlamentares se inscreveram para falar.
Linha sucessória
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), por sua vez, adotou a mesma linha de argumentação dos governistas, que têm focado a artilharia nos peemedebistas Michel Temer, vice-presidente da República, e Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara, os próximos na linha de sucessão da presidência da República.
"A linha sucessória deste País, reconheçamos, vai de má aos piores", afirmou.
O deputado do PSOL disse ainda que Dilma praticou, sim, estelionato eleitoral por não cumprir com o prometido em sua campanha pela reeleição, em 2014. Mas afirmou que a oposição também adotou a mesma prática.
Defesa
No fim da sessão, o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, deverá falar por 15 minutos em defesa da presidente Dilma. O espaço foi autorizado pelo presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), no início da sessão..