Nesse domingo, 10, a ala pró-impeachment divulgou nota informando que os diretórios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo e Acre apoiarão o impeachment.
Parlamentares do PP oposicionistas e governistas lembram, no entanto, que a decisão dos diretórios foi tomada por maioria, ou seja, nem todos os deputados e senadores desses Estados votarão a favor do impeachment. Um exemplo é o deputado Nelson Meurer, que é do Paraná, que se declara contra o afastamento de Dilma.
"Não mudou nada. A diretoria não tem controle sobre os votos", afirmou o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI). Pelas contas do dirigente partidário, dos atuais 47 deputados do partido, 25 são contra o impeachment e 20 a favor. O restante, afirma, está no rol dos parlamentares "indecisos".
Um deputado da ala oposicionista do PP que prefere o anonimato vai na mesma linha de Ciro. "Esses diretórios já eram a favor do impeachment", diz. Ele, contudo, rebate as contas de Ciro Nogueira e diz que "já passam de 25" os deputados do PP que são a favor do impedimento de Dilma.
Na semana passada, Nogueira afirmou que o PP ainda não tirou uma posição oficial sobre o tema.
O PP tem negociado tanto mais espaço no governo Dilma em troca de apoio contra o impeachment, como com o vice-presidente Michel Temer, que assumirá a presidência da República caso a petista seja afastada. Nas últimas semanas, o partido ganhou vários cargos no segundo e terceiro escalões do governo Dilma..