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Estado de Minas

CPI dos Fundos de Pensão adia apresentação do relatório final


postado em 11/04/2016 16:31

Brasília, 11 - Os membros da CPI dos Fundos de Pensão decidiram adiar a apresentação do relatório final do colegiado, que estava prevista para a tarde desta segunda-feira, 11. Como justificativa para requerer o adiamento, o relator da comissão, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), argumentou que o surgimento de novos fatos e informações nos últimos dias tornou necessária a complementação do parecer.

O relatório - que trará dezenas de pedidos de indiciamento, sugestões de aprimoramentos nos fundos e recomendações de melhoria de controle - terá mais de 700 páginas. Apesar da previsão para que o texto fosse apresentado hoje, Souza pediu mais 24 horas de prazo para acrescentar informações. Isso porque, no último fim de semana, a Polícia Federal indiciou sete investigados na Operação Positus por fraudes no período entre 2006 e 2011 na gestão de recursos do Postalis, o fundo de pensão dos funcionários dos Correios.

Além disso, o juiz Sérgio Moro autorizou no fim da semana passada a liberação à CPI de dados em sigilo de Adir Assad, suspeito de usar suas empresas para lavar dinheiro aplicado pelos fundos de pensão, colaborando para que tivessem prejuízos. Souza disse ainda que precisa de mais tempo para analisar autos de infração promovidos pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) sobre a Funcef, dos empregados da Caixa.

Com o adiamento, a leitura do relatório ficou agendada para esta terça-feira, 12, às 14h30. A votação do parecer está marcada para a quinta-feira, 14. "Deixar a leitura para amanhã não trará prejuízo na votação do relatório", disse o deputado, ressaltando que a decisão não tem relação com o ambiente político conturbado que vive a Câmara nesta semana, com a votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Conforme adiantou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o texto final deve pedir o indiciamento de até 200 pessoas envolvidas em esquemas fraudulentos que deram prejuízo de mais de R$ 3 bilhões a quatro das maiores entidades de previdência complementar do País. A comissão analisou mais detalhadamente 15 casos que apontaram fraude e má gestão dos investimentos feitos pelos dirigentes da Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), da Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal) e do Postalis (Correios).


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