A prefeitura divulgou nota informando que toda sua “estrutura pública está à disposição dos agentes e todas as informações estão sendo disponibilizadas conforme solicitação. E que “não é possível se pronunciar antes que a Polícia Federal apresente informações exatas do conteúdo investigado”. Em dezembro de 2013, Valadares foi castigada por fortes chuvas e a enchente no Rio Doce arrasou o município. Com isso, foi decretado estado de emergência, visando à captação de recursos junto ao Ministério da Integração Nacional.
Segundo o delegado federal Cristiano Campidelli, por meio de licitações fraudulentas foram contratados serviços de reparação dos danos das chuvas, tais como desobstrução de rios, limpeza de ruas e outros serviços. Segundo ele, inicialmente, foram investigados dois contratos vencidos por uma empresa, que recebeu quase R$ 4 milhões. “A empresa não tinha sede física ou funcionários. Ela só tinha um capital social de apenas R$ 80 mil, não tinha máquinas ou equipamentos especiais que eram exigidos para que ela pudesse concorrer. O objeto social dela nem sequer constava o tipo de serviço para o qual ela foi contratada e mesmo assim ela foi contratada”, disse Campidelli.
AFASTAMENTO O juiz Tarsis Augusto de Santana Lima, da Segunda Vara Federal de Valadares, determinou o afastamento de oito vereadores e a convocação imediata dos seus suplentes, devido à suspeita de favorecimento à quadrilha investigada por fraudes em licitações para os serviços de reparos de danos das chuvas na cidade. De acordo com a PF, os vereadores são suspeitos de agilizar a aprovação de projetos de interesse da organização criminosa em troca do recebimento de vantagens.