Se a Câmara dos Deputados aprovar o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) favorável ao pedido de impeachment - a votação no plenário da Câmara está prevista para o próximo domingo -, o processo segue para análise no Senado.
Para que o impeachment seja admitido e aberto no Senado, são necessários 41 votos (maioria simples) - portanto, já haveria quórum suficiente para a instauração do processo na Casa e a presidente seria afastada pelo prazo máximo de 180 dias até ser julgada pelo Senado. O vice-presidente Michel Temer passaria a exercer a Presidência durante esse período.
Já para a destituição da presidente da República do cargo seria necessário o apoio de dois terços da Casa (54 senadores).
Posicionamentos
Atualmente sem partido, o ex-petista Walter Pinheiro (BA) informou nesta quarta-feira, 13, que não quer se manifestar sobre o processo de impeachment que tramita no Congresso. Até então, o senador constava no grupo dos indecisos.
Também declararam que não querem responder o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Ainda do PMDB, que desembarcou do governo Dilma, está indeciso o senador Edison Lobão (MA). Marta Suplicy, que trocou o PT pelo PMDB com críticas ao seu antigo partido, anunciou voto a favor do impeachment. Até o momento, só dois senadores do PMDB anunciaram que vão votar contra a abertura do processo: Roberto Requião (PR) e João Alberto Souza (MA).
O também ex-petista Delcídio Amaral (MS), denunciado na Operação Lava-Jato que fechou acordo de delação premiada, informou que é favorável ao processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. .