Caberá ao vice-presidente Michel Temer, se assumir a Presidência da República, se colocar à altura desse desafio, e esperamos que ele possa fazer", afirmou Aécio ao deixar encontro de parlamentares da oposição com juristas favoráveis ao impeachment.
Ao dizer ter "esperança" de que Temer esteja apto a assumir o governo, Aécio disse que discutirá o programa que apresentou nas últimas eleições, em 2014.
"Nós, do PSDB, estaremos discutindo com o presidente Michel, se ele vier a assumir a Presidência da República em torno de um programa. Até porque temos um programa que foi amplamente discutido na sociedade, que passa por reformas profundas, pela profissionalização do Estado, por uma política externa pragmática e altiva em favor dos interesses do Brasil, passa pelo enxugamento da máquina pública, por reformas estruturantes que não foram feitas ate aqui", afirmou Aécio Neves.
O senador mineiro disse que a debandada de partidos da base aliada derruba o argumento governista de que o impeachment é um golpe articulado pela oposição. Nesta semana, partidos como PP, PSD e PMDB disseram que orientarão voto a favor do impedimento de Dilma.
"Essa é a demonstração cabal de que esta não é uma ação golpista das oposições como gosta de repetir o governo e a própria presidente da República. Se ela, hoje, corre risco, e risco real de ser afastada do cargo, é porque esse consenso atingiu sua própria base de sustentação. Vários daqueles que a acompanharam até agora estão percebendo que não é mais possível manter este governo", afirmou Aécio..