Os primeiros a falar foram os deputados Zé Geraldo (PT-PA) e Luiz Sérgio (PT-RJ).
"Que vergonha, juventude brasileira. Que vergonha, juristas brasileiros, professores, trabalhadores. Nós aqui julgando o impeachment instalado por Cunha, que tentou nos chantagear no Conselho de Ética", acusou o petista. Também se posicionaram contra Cunha o líder do PSOL, Ivan Valente (SP) e o líder do PCdoB, Daniel Almeida (BA).
Também já falaram em plenário os parlamentares Weverton Rocha (MA), falando pelo PDT em defesa da presidente Dilma; Augusto Coutinho (PE), com fala oposicionista em nome do Solidariedade; e Pauderney Avelino (AM), a favor do processo de impeachment, pelo DEM.
Na visão do líder do DEM, "o governo agiu de forma irresponsável, mentiu para o povo, e agora só resta fazer justiça". "Impeachment já", completou. Em nome do Solidariedade, Coutinho disse que não se trata de golpe.
Clima
O clima estava mais tranquilo enquanto deputados se alternam no plenário da Câmara entre pronunciamentos contra e a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Os ânimos estiveram mais exaltados durante a manifestação do jurista Miguel Reale Jr., signatário do pedido de impeachment, e do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, que defendeu o mandato da presidente Dilma e terminou seu discurso chamando o processo de impeachment de "golpe".
Ao final da apresentação de Cardozo, deputados contra e pró o impedimento de Dilma trocaram gritos de "não vai ter golpe" e "impeachment já".
No plenário, deputados estão com placas contra e a favor do impeachment, as mesmas que foram usadas na comissão especial que analisou o processo.
Manifestações
Do lado de fora do Congresso Nacional, o esquema de segurança e organização para o processo de discussão e votação do impeachment já está todo montado. O trânsito na Esplanada dos Ministérios ficará fechado até o domingo à noite nos dois sentidos.
A área em frente ao Congresso Nacional ficará isolada e apenas policiais, bombeiros e militares da Força Nacional poderão circular por lá, segundo determinação do Governo do Distrito Federal (GDF).
O GDF também dividiu a Esplanada em duas grandes alas separadas por um muro. Do lado direito, ficarão os manifestantes favoráveis ao impeachment e do lado esquerdo, aqueles que apoiam a presidente Dilma. Policiais ficarão na Rodoviária do Plano de Piloto, próxima à Esplanada, e irão orientar as pessoas para qual lado do muro deverão se dirigir.
Nesta manhã, a movimentação no local está tranquila e ainda não havia manifestações de populares. Nesta manhã, pessoas passeavam de bicicleta e faziam caminhada. Somente carros do Detran e da Polícia Militar estão circulando na região..