De acordo com o levantamento coordenado pela professora do Departamento de Ciência Política Helcimara Telles, 67% dos entrevistados querem o impeachment de Dilma e 68% são favoráveis ao afastamento de Temer. Para 38% dos ouvidos, mesmo com a aprovação do impeachment, seria melhor a convocação de novas eleições. Outros 23% preferem o impeachment e 18% querem a manutenção da presidente no poder.
Entre os entrevistados, 63% não apontam ninguém capaz de tirar o Brasil da crise atual ou não sabem quem seria capaz de fazer isto. As pedaladas fiscais são a motivação para o impeachment para 16% dos consultados e 7% citam o crime de responsabilidade fiscal, somando 23%. Para 21%, o processo é por “corrupção” e para 25% os motivos apresentados são Petrobras, lava-jato e outros que podem ser ligados ao tema corrupção.
A pesquisa também mostrou um quadro de desencantamento com a política. Quando foi medida a confiança nas instituições, em uma escala de zero a 10, a média da notas dos partidos foi de 2, do governo federal 2.6 e do Congresso 2.7. Entre as mais confiáveis estão as igrejas, com 5.9, as forças armadas, com 5.5, as organizações não governamentais, com 5.4 e a mídia com 5.0. O Supremo Tribunal Federal aparece em seguida com uma média de 4.9 de confiança.
Sobre o sistema político, a democracia foi considerada a melhor opção por 61% dos ouvidos. Para 17% tanto faz democracia ou ditadura e 16% querem o regime autoritário. Sobre a saída de Dilma, 47% dos ouvidos tem uma expectativa positiva, sendo que para 12% vai melhorar muito e para 35% vai melhorar alguma coisa. Para 30% vai continuar na mesma e 18% acreditam que o quadro vai piorar. .