A prisão preventiva se dá no âmbito da Operação Acrônimo, que investiga recebimento de vantagens indevidas pelo governador mineiro quando o petista comandava o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A Acrônimo é mantida em segredo de Justiça no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde é relatada pelo ministro Herman Benjamin.
A suspeita é de que Pimentel recebeu valores de empresas que mantinham contratos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), instituição subordinada à pasta. Bené é investigado por participação no esquema com suposta prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
A PF suspeita que o governador de Minas recebeu "vantagens indevidas" de Bené, ligado ao PT, e de empresas que obtiveram empréstimos do BNDES. Os investigadores também apuram indícios de que recursos obtidos de forma ilícita foram realocados para a produção de material gráfico para a campanha do petista ao governo de Minas em 2014. Os serviços foram prestados pela Gráfica Brasil, empresa que pertence à família de Bené, não teriam sido declarados.
A publicitária Danielle Fonteles, sócia da agência Pepper Comunicação Interativa, que prestava serviços ao PT, confirmou em depoimentos prestados a investigadores da Operação que Bené atuava como uma espécie de "provedor" da primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010, conforme relato de fonte com acesso ao caso.
Procurado pela reportagem, o advogado de Bené disse que não se pronunciaria antes de conhecer as motivações da prisão..