O valor de R$ 5,35 milhões corresponde à propina que Argello teria tomado em 2014 das empreiteiras UTC Engenharia e OAS para livrá-las da CPMI da Petrobras no Congresso - R$ 5 milhões foram repassados para quatro partidos da Coligação União e Força e R$ 350 mil foram parar em conta da paróquia São Pedro, de Taguatinga, frequentada pelo político.
De acordo com a força-tarefa, o pagamento à paróquia é associado ao codinome 'Alcoólico'. Os investigadores identificaram 'Alcoólico' como sendo Gim Argello, num trocadilho com a bebida Gim.
O confisco alcançou ativos em contas e investimentos de Gim Argello, seu operador financeiro Paulo César Roxo Ramos e de três pessoas jurídicas - Argelo & Argelo Ltda., Garantia Imóveis Ltda. e Solo Investimentos e Participações Ltda.
Na conta de Gim Argello foram encontrados R$ 46.578,06. Nas empresas Argelo & Argelo, Garantia Imóveis e Solo Investimentos, havia R$ 0. De Paulo César Roxo, foram bloqueados no total: R$ 6.021,82. Havia R$ 2.995,52 em uma das contas, R$ 2.918,55 em outra e R$ 107,75 em uma terceira.
Na decisão que determinou o bloqueio, o juiz Moro anotou que a medida cautelar apenas gera o bloqueio do saldo do dia constante nas contas ou nos investimentos, "não impedindo, portanto, continuidade das atividades das empresas ou entidades, considerando aquelas que eventualmente exerçam atividade econômica real".
Ele destacou que em relação às pessoas físicas, caso haja bloqueio de valores atinentes a salários, promoverá, mediante requerimento, a liberação..