O primeiro a se pronunciar foi o ex-líder da bancada, Maurício Quintella Lessa (AL), que deixou de votar na comissão especial porque seu voto contrariava a orientação da direção do partido. Quintella ressaltou que, apesar de existir uma aliança de 14 anos com o PT, a sigla não tem um "vínculo inquebrantável" com o governo e que ele considera que Dilma cometeu crime de responsabilidade. "A presidente dividiu o povo brasileiro", finalizou.
Na sequência, os três parlamentares que discursaram disseram que o PT "perdeu sua essência, sua identidade". "Dilma negocia cargos para se perpetuar no poder", acusou Cabo Sabino (CE), que apelou para que os indecisos não desperdicem seus votos.
Citando a crise econômica, o deputado Bilac Pinto (MG) defendeu que o momento é de se passar o País a limpo. "Golpe é tentar esconder a real situação do País", declarou o parlamentar, se referindo à campanha presidencial de 2014.
Já o deputado Laerte Bessa (DF) disse que no partido pelo menos 75% dos deputados votarão pelo impeachment, acusou a petista de ser "desonesta" por cometer "crime de estelionato eleitoral" e defendeu abertamente que o vice-presidente Michel Temer assuma o cargo por ser "uma pessoa de bem, honesta". "Michel Temer pode tirar o País da crise", discursou.
Coube ao atual líder, Aelton Freitas (MG), defender o governo. "A rua cheia não é motivo para afastamento de chefe de governo", declarou.