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Estado de Minas

Grupos favoráveis e contrários ao impeachment desembarcam em Brasília

Ambos os lados querem pressionar os deputados federais e acompanhar votação no plenário da Câmara


postado em 16/04/2016 06:00 / atualizado em 16/04/2016 07:45

Manifestantes pró-impeachment partiram da Praça da Assembleia para Brasília (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press.)
Manifestantes pró-impeachment partiram da Praça da Assembleia para Brasília (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press.)

Caravanas de manifestantes partem de Minas Gerais em direção a Brasília para acompanhar a votação do processo de impeachment da presidente Dilma amanhã na Câmara. Ônibus com grupos favoráveis e contrários ao governo seguem rumo à capital federal com o objetivo de fazer pressão nos deputados. Cada um ficará posicionado em um dos lados do muro erguido na Esplanada dos Ministérios para separar os grupos divergentes. Um dos integrantes da Frente Brasil Popular, que reúne mais de 100 organizações contrárias ao impeachment, Frederico Santana calcula que cerca de 140 ônibus estejam partindo de todas as regiões de Minas para Brasília. “São pastorais sociais, estudantes secundaristas, universitários. A maioria das cidades universitárias está mandando mais de um ônibus”, afirma.

Nessa sexta-feira, dois ônibus partiram da Praça da Estação, em BH, com representantes da classe artística e de movimentos culturais. “A ideia é que, em Brasília, passemos um recado para os deputados de que a população brasileira vai reagir e que há um descontentamento contra o impeachment”, completa Frederico.


Integrante do movimento Mulheres da Inconfidência, a favor da saída de Dilma, Regina Lopes, de 56 anos, já está em Brasília com um grupo de BH. Ela ajudou a organizar uma caravana de quatro ônibus que chegou ontem à capital. O grupo aguarda ainda a chegada de mais manifestantes pró-impeachment. “Acompanhamos tão de perto tudo isso, que agora é a hora de estar aqui”, afirma Regina.

Ontem à noite, dois ônibus partiram das proximidades da Assembleia Legislativa com integrantes dos movimento Vem pra Rua (VPR) e Movimento Brasil Livre (MBL). De acordo com as organizadoras, o fretamento foi pago com doações. “Estamos seguindo as orientações da Polícia Militar para chegar em segurança a Brasília. As pessoas estão indo para fazer pressão”, reforça a coordenadora do VPR em Minas, Carla Girodo. Ela lembra que, apesar da ida dos manifestantes, os esforços do movimento em Minas estão na organização do protesto pró-impeachment na Praça da Liberdade, marcado para as 13h. Os movimentos contra o governo estão instalando telões acompanhar toda a votação na praça. O convite é para que participantes compareçam vestidos com as cores da bandeira do Brasil. Hoje, os grupos fazem uma “carreata do impeachment”, que  parte da Praça do Papa, às 9h. Às 18h, na Praça da Liberdade, começa a “vigília do impeachment”, em que manifestantes só sairão do local depois do resultado na Câmara.

No domingo, grupos contrários ao impedimento de Dilma, ao qual chamam de “golpe”, acompanham a votação na Praça da Estação, em protesto marcado para as 14h, com concentração a partir das 13h. A convocação é para que os participantes “levem camisetas, cartazes, bandeiras, ideias de intervenções políticas e muita disposição”. Mais cedo, entretanto, a mobilização de quem defende  Dilma já vai ter começado. Blocos de carnaval de rua de BH organizam o “Arrastão de carnaval pela democracia”, na Praça Raul Soares às 10h.

Outro ônibus saiu da Praça da Estação com manifestantes que defendem Dilma(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press.)
Outro ônibus saiu da Praça da Estação com manifestantes que defendem Dilma (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press.)


Rodovias

Vários atos contra o impeachment foram realizados em diversas partes do país ontem. No Pará, cerca de 300 jovens integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) bloquearam a rodovia BR-155, em Eldorado dos Carajás, no sul do Pará. Além do ato contra o impeachment, os manifestantes também protestam contra a impunidade do chamado massacre de Eldorado dos Carajás. Em 1996, nesse local, 19 sem-terra foram mortos por policiais militares durante o cumprimento de uma ordem de reintegração de posse.

Em BH

Em Belo Horizonte, cerca de 600 pessoas participaram de ato contra o impeachment na UFMG. Além de alunos, também fizeram parte do protesto professores e integrantes do corpo técnico da escola, conforme informações do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes-MG). “Apesar do sol forte estávamos todos firmes na luta contra o golpe que está em curso no país”, disse a coordenadora-geral do sindicato, Cristina del Papa.


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