Segundo o levantamento, 343 deputados se declaravam a favor do afastamento. São necessários 342. A ofensiva do Palácio do Planalto contou com a ajuda de seis governadores de Estado que foram até Brasília. Também participaram da operação ex-governadores, ministros, líderes de bancadas e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar do esforço concentrado dos governistas, a oposição à presidente Dilma ainda se diz confiante de que o impeachment será aprovado neste domingo. De acordo com líderes oposicionistas, o assédio do Planalto aos deputados inclui promessas de cargos e cobranças de compromissos assumidos no passado.
O vice-presidente da República, Michel Temer, anunciou que acompanhará a votação em São Paulo, onde fará reuniões com vistas à formação de um futuro governo caso Dilma Rousseff venha a ser afastada pelo Congresso. Na Câmara, teve início ontem a primeira sessão que debaterá e analisará o impeachment de Dilma. A votação deve ocorrer neste sábado, 16, à noite.
Dilma cancelou um pronunciamento que faria na noite dessa sexta, 15, em cadeia de rádio e televisão.
Embora não tenha desistido, o ex-presidente tem manifestado inconformismo em relação à crise política e apontado os erros de Dilma Rousseff na condução do processo. Como reação ao impeachment, movimentos sociais fecharam rodovias em todo o País. .