Depois de cancelar a visita aos movimentos sociais reunidos em ginásio em Brasília, a presidente da República, Dilma Rousseff, enviou uma carta garantindo que vai defender seu mandato até o último momento. No documento, lido pela secretária especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, a presidente afirmou que vai dialogar com todos os parlamentares que se mostram sensíveis à possibilidade de reprovar o pedido de afastamento.
Dilma alerta que a votação amanhã não coloca em jogo apenas um mandato de uma presidente eleita. "O que estará em jogo é o respeito às urnas e à vontade soberana do nosso povo. Estarão em jogo direitos e conquistas sociais que o Brasil alcançou nos últimos anos", escreveu a governante. A presidente afirmou ainda que entende que, juntos, é possível "encontrar paz e a união necessárias".
"Brasil e quase todos países estão vivendo dificuldades econômicas. (E) sei que o governo não atendeu todas reivindicações populares, mas tem condições de vencer a crise", afirmou. A presidente argumentou que somente respeito à ordem democrática pode reassegurar reunificação social.
A presidente afirmou que "o impeachment é golpe" e reiterou que não cometeu crime nenhum de responsabilidade". "Meu nome não aparece em nenhuma lista de recebimento de propina", disse. Em razão disso, Dilma argumenta que "não é justo tentarem abreviar o mandato, o qual ela pretende "defender até último dia".
"Estou confiante e convencida de que a democracia vencerá amanhã", afirmou Dilma ao encerrar a carta.